Beleza Elfica

Boa noite queridos ouvintes! Se acheguem para ouvir mais uma fantástica história sobre o povo da Floresta Negra Sentem-se e peguem suas canecas..


- Em uma Floresta Mística onde todos os seres viventes são protegidos como se jorrasse uma cascata de partículas luminosas, como se fosse um invólucro, que envolve todos os seres do seu plano de existência é também, o que os separa do resto do mundo vil.
Existe no interior desta Floresta protegida por mágica, uma substância sutil da qual se molda a personalidade...  E também mostram manchas, nódoas existente na alma de cada um.
É nessas manchas que se formam, que  podemos perceber as “máscaras” utilizadas ao interagir com o mundo. Por este motivo o Rei da Floresta Negra prefere deixar este portal sempre fechado.
Dentro do qual se consegue ver sombras e contornos de seus próprios rostos.
Sabendo que é impossível conservar a individualidade rompendo a mágica que os protege, são felizes assim, abdicando do conteúdo supérfluo, que se espalham fora do portal quando atravessam;

Cada um tem livre arbítrio: ir ou ficar.

Existem neste reino místico, muitos seres da natureza.
Em destaques os Elfos, que são seres sensíveis, de longa vida ou imortalidade, com poderes mágicos, estreita ligação com a natureza. São jovens de grande beleza vivendo entre as florestas, sob a terra, em fontes e outros lugares naturais.
E geralmente guerreiros e ótimos arqueiros.
Os Elfos acabaram divididos em Famílias.
(Elfos Negros: do vale)
(Elfos Luzir: das águas)
(Elfos de Gladiah: das montanhas)
Os Elfos de Gladiah são seres muito ambiciosos, passa toda a sua existência a procura de acumular bens materiais. Mais territórios, mais ouros...
O maior de todos os seus desejos é se apropriar da Floresta Negra dos Elvins. Embora isto seja desejo de muitos outros povos por ser uma terra mágica.
Os elfos negros também são possuidores de riquezas matérias assim como riquezas de vida encontrada nessas terras mágicas.
O rio Nefah que corta a floresta é encantado por Nereidas e Fadas. Tudo tem uma complexidade que deixa os povos desejosos de possuí-la. E o povo de Gladiah são os piores.

Eles não possuem beleza física nem tampouco beleza interior como os Elfos Negros o que lhes causa inveja, além de cobiça.
Eles são tarracudos, com orelhas que se destacam da cabeça como guidões, grandes olhos negros e redondos, vestem-se com peles de animais, sem elegância alguma. São bárbaros. Suas fêmeas são mais esguias, mas não são belas. Entre eles, nasceu uma criança diferente, um macho com características totalmente superiores. Hoje completa a “idade adulta” e fazem para ele uma älvdanser ou älvringar que é um circulo feito com cogumelos onde a grama foi achatada e as elfas dançam.

Fazem a dança dos elfos nessa manhã brumosa para comemorar a “idade certa” de um elfo.
Seu nome é: Eliah Elenarth. É elegante, ótimo dançarino, exímio caçador e campeão de arco e flecha.
- Diríamos que: - um autêntico Elfo Negro, salvo pela sua densa cabeleira, que é a única herança física dos elfos de Gladiah. Apresenta longos cabelos muito finos e escorridos, é alto e esguio, com pele clara e orelhas pontiagudas rente ao crânio. Seus olhos são amendoados com Iris azul celeste e a retina negra, que costuma ficar mais escura ou mais clara conforme seu humor. As unhas apresentam coloração negra e em forma de garras, alem disso possuem pequenas presas.

Um Ser de beleza impar que supera a beleza dos Elfos Negros.
古风美男:

Foi criado sem limites, soberbo, sem escrúpulos.
O intuito de sua família sempre foi,  usa-lo como uma arma entre os Elvins.

Assim que o líder de Gladiah percebeu os traços belos da criança arquitetou o plano de casá-lo com a filha de Prímula a governante da Floresta negra, transformando assim as duas terras em um só povo.
Os Elfos têm a “idade certa” para encantar uma fêmea, nessa idade ele possui o dom de conjurar Magias que fazem o alvo ver, sentir, provar, cheirar ou soar como alguma outra coisa, ou mesmo aparecer e desaparecer. E esse macho tem habilidade também, de encantar a fêmea com quem ele pretende formar família. Essa fêmea o aceita e torna-se sua companheira por toda sua existência. “Primeiro ele é cativado pela fêmea claro”, e sente que é aquela que ele deseja.
Então faz com que ela olhe em seus olhos no momento em que reluz um azul incomparável, nesse mesmo instante ela é encantada por um odor misterioso que só os machos possuem.
Aproveitando de tudo isso o líder de Gladiah instruiu Eliah a seduzir Ireth quando ela estivesse caçando, pois também é uma campeã em arco e flecha. Hoje é a consagração de Eliah.
A festa está no auge todos estão certos de que em breve terão entre eles o príncipe dos Elvins.
Nesse momento adentra as comemoraações, Torthau caçador e “olheiro” dos elfos de Gladiah.
Vai até o líder e diz algo no ouvido dele. No mesmo instante ele para a festa.

- O que houve?
Pergunta Eliah que estava inebriado pelo néctar das elfas e caminha cambaleante até o líder.
Ele responde carrancudo e com ignorância:

- Esta festa perdeu a razão de ser.
Eliah retruca:

- Não perdeu. Pois ainda estou aqui e é minha noite, então vai continuar a festa!
Eliah não respeita ninguém e vai pedir aos Bardos que continuem a tocar quando o líder grita alto.

- Parem já com isso! Ao ter que esperar a “idade certa” Eliah você perdeu a oportunidade, Ireth já foi encantada por Elessar um Elfo mágico guerreiro que é guardião da floresta negra dos elvins. E estão nesse momento em matrimônio.

- O que? Seus idiotas! Porque não impediram isso? Passei toda minha vida sendo preparado para um casamento que não vai haver?
Isso não fica assim! Possuo o dom da magia e farei alguma coisa sobre isso.
Saiam da minha frente seus incompetentes.

Eliah saiu chutando tudo que encontrou pela frente. Nem seus pais conseguiram fazê-lo acalmar-se.
Eliah foi para montanha conversar com o mago. Precisa ser aconselhado pelo que pretende fazer, Zorbah o mago é a única criatura que consegue por um pouco de juizo na cabeça do Elo Eliah.

- Porque pararam sua Älvalek, a Dança dos Elfos? Indaga Zorbah.

- É uma longa história, vou contar-lhe. (...)
Eliah conta tudo que aconteceu e o mago têm uma idéia arriscada.

- Bem faremos assim: Sabemos que os Elfos Negros são retratados como seres sensíveis, de longa vida ou imortalidade, com poderes mágicos e estreita ligação com a natureza. Que não envelhecem nem adoecem, e se forem mortalmente feridos ou se sofrerem um grande desgosto seu corpo morre, mas seu espírito sobrevive sendo então enviado para as Mansões de Mandos onde permanecem até poderemm reencarnar, em um corpo idêntico e com as mesmas lembranças. Vamos aproveitar disso!
-Se o grande elfo tiver um desgosto muito forte, seu corpo morrerá para sempre, pois providenciaremos para que seu espírito não encontre outro idêntico.


- E como faremos isso Zorbah?

- Com um feitiço proibido pelos Elvins, “A transmutação”
Você se transformará em Elfo Negro para possuir sua esposa. Ela em ti verá seu marido.
Mas quem estiver de fora verá você. Fazendo assim com que Elfo Negro se sinta traído, como vai crer numa história fantástica como esta? Que sua amada Ela estava se deitando com outro, mas via seu marido??
A tristeza o matará. Orgulhoso como é não contará a ninguém, vai remoer a tristeza até seu corpo morrer. Você como um bom amigo* vai consolar a viúva e encantá-la.

- Isso é perigoso! Mas mexe com minha natureza, eu farei.

Assim Eliah começa a por seu plano em prática. Procura descobrir todos os seus movimentos. Os lugares aonde Ireth vai sozinha. Até que chega o dia de conhecê-la.
Eliah põe sua mais pomposa vestimenta de caça, pega seu arco e flechas e vai para o rio em uma maravilhosa montaria. Está pronto para encantar, um pouco apreensivo, pois não conhece a Elfa ainda.
Quando Eliah chega a beira do rio avista uma criatura perfeita. Com corpo harmonioso, esguio muito gracioso, farta cabeleira avermelhada que ela lavava nas águas do Nefah.
De repente ela joga todo aqueles cabelos para trás em um movimento harmonioso com uma dança, deixando seus belos seios á mostra. Eliah solta um gemido de surpresa perante a beleza da elfa. Que joga os cabelos sobre os seios e abaixa na água abrindo seus belos olhos cor de mel que emana uma luz sem igual. Suas orelhas pontudas e ostentando guizos balançam tilintando-os na hora que pergunta:

- O que faz desse lado da Floresta? Quem é você?

Ela logo vê pelos longos fios finos e lisos dos cabelos longos do jovem que não se trata de um Elfo de sua tribo. Ele por sua vez estava completamente encantado pela bela Elfa e dizia a si mesmo;

- "Quem quer saber de Ireth? Ela que fique com suas terras, sua fortuna e seu Elfo mágico, eu preciso que esta Elfa me queira".

A Elfa pergunta novamente apontando para suas vestes a beira do rio:

- Quem é você Elfo?
Pode passar-me minhas roupas, por favor. E vire-se.

Eliah desmonta como que levado por uma força sobrenatural ao ouvir a voz da Elfa.
Apanha as roupas e vai andando meio de lado para não olhar a maravilha que já presenciou. Entrega as vestes, vira-se e espera que ela lhe ordene olhar.
Ao terminar ela pergunta novamente:

- Quem é você e de onde vens?

Eliah vira-se devagar e encontra os olhos da elfa que reluz. Com uma sobrancelha levantada e as orelhas em leve balanço como as onças.
Ela termina de amarrar as vestes na cintura e apanha seu arco dizendo:

- Apesar de minha aparente fragilidade sou exímia lutadora com armas branca e com arco e flecha. Então pense muito antes de atacar.

Ele diz sorrindo:

- Não lhe atacarei, meu nome é Eliah sou um elfo de Gladiah um defensor de minhas terras.
Ela olha-o assustada e incrédula.

– Elfo de Gladiah? Você?
Realmente era inacreditável que este belo espécime fosse um Elfo de Gadiah.

- Sim doce donzela sou um Elfo de Gladiah. Por que o espanto?

Ela sorri, um pouco envergonhada do que dirá.
- Você é bem diferente de seu povo senhor Eliah. O que faz por aqui?

- Estou em busca do amor doce Elfa.

- Então está em lugar certo senhor Eliah. São belas nossas elfas. E guerreiras também.

Eliah responde com ar romântico:

- Já encontrei a dona de meu coração e da minha existência.

- Que bom senhor! É uma de nossas elfas?

- Sim! A mais bela de todas! Como é seu nome senhorita?

Não senhor Eliah. Não sou senhorita! Meu nome é Ireth Elessar sou a Elfa negra. Senhora da Floresta dos Elvins por direito e honra.

Eliah perde a fala. Olha incrédulo para Ireth e sem dizer nada monta e sai em disparada deixando Ireth sem saber o que fez para assustar o moço.
Ela vai para casa e conta a Elendil Elessar o que ocorreu.
Seu esposo tem a perspicácia muito adiante dos acontecimentos sentiu em seu interior o que com certeza ocorreu.
Pegou sua montaria e partiu. Ireth perguntou:

- aonde vais?

Mas ele não ouviu já havia sumido na fumaça de seu alazão de fogo.
Eliah foi a Zorbah desesperado...

- Eu a quero Mago. Você precisa me ajudar!

- Esta falando de quem Eliah? –

- De Ireth. A elfa Negra.

- O que? Você “olhou” para ela? Agora a magia perdeu o efeito.

- Que perdeu efeito. Eu tenho poder da transmutação, e do controle mental. Precisa me ajudar a me passar Por Elessar e possuí-la.

Zorbah explica que não é assim, que o feitiço não vai adiantar agora e que ele nunca terá poder sobre a Elfa Negra enquanto Elessar“viver”
Mas Eliah é afoito e mimado, nem parece um adulto. Zorbah diz a ele:

- Por que foi apaixonar-se por alguém que não está ao seu alcance?

_ Apaixonar-me? Não estou apaixonado. Quero as terras dos elvins. Nunca irei apaixonar-me.

Zorbah sacode a cabeça perante a petulância de Eliah.
Para Eliah estar apaixonado é uma fraqueza. Logo ele! Dono de uma soberba sem limites. Conhecedor de seus encantos. Não!
Deixa Zorbah no circulo mágico e vai ao santuário pretende entregar seu espírito a Glorienn em troca de um pedido. Glorienn que a tempos idos era chamada de “ a mãe dos elfos” Agora é uma Deusa enfraquecida exatamente pela soberba. Não é nenhum espanto que Eliah a prefira a outros Deuses.
- Chegando aos pés de Glorienn Eliah roga


- Glorienn Senhora dos Elfos!!
Nasci em um tempo em que a maioria dos Elfos do meu povo havia perdido a crença em ti, pela mesma razão que os seus maiores rivais a haviam tido
— sem saber por quê. E então, porque o espírito élfico tende naturalmente para criticar porque sente, e não porque pensa, a maioria desses Elfos escolheu a outras divindades para suceder a ti. Pertenço, porém, àquela espécie de Elfos que estão sempre na margem daquilo a que pertencem, nem vêem só a multidão de que são, senão também os grandes espaços que há ao lado.
Por isso não abandonei a ti tão amplamente como eles, nem aceitei nunca a outras divindades. Considerei que Glorienn mesmo sendo improvável, deve ser adorada mais que as outras divindades. Este culto de Liberdade e Igualdade pareceu-me sempre uma revivescência dos cultos antigos, em que animais eram como deuses, ou os deuses tinham cabeças de animais.
Assim, não sabendo crer em Deuses, e não podendo crer numa soma de divindades fiquei, como outros Elfos da orla das descrenças, naquela distância de tudo a que comumente se chama a Decadência. A Decadência é a perda total da inconsciência; porque a inconsciência é o fundamento da vida. O coração se pudesse pensar, pararia.
Ah quem como eu vivendo assim não sabe ter vida. Que resta senão como a meus poucos pares a renúncia por modo e a contemplação por destino?
Não sabendo o que é a vida religiosa, nem podendo sabê-lo, porque se não tem fé com a razão; não podendo ter fé na abstração dos povos élficos, nem sabendo mesmo que fazer dela perante nós, ficava-nos, como motivo de ter alma, a contemplação estética da vida. E, assim, alheios à solenidade de todos os mundos, indiferentes ao divino e desprezadores do que é crença, entregamo-nos futilmente à sensação sem propósito, cultivada num epicurismo sutilizado, como convém aos nossos nervos cerebrais.
Por este motivo estou aqui perante a única divindade em quem tenho um pouco de fé,
“Se é que o que sinto seja fé” Peço-te oh mãe dos Elfos que me ajude a transmutar, pois sozinho não conseguirei, sendo um mago sei que tudo não passa de ilusão por isso tenho descrença em mim. Se eu conseguir, elevarei seu nome entre todos os povos Elfos, se for o contrário. Então poderás tomar meu espírito.




Assim dizendo Eliah sai e vai preparar o feitiço de transmutação.

Espera que Elessar volte da batalha, porque Ireth o aguarda ansiosa. Então envia um bilhete a ela em nome de do Elfo negro dizendo:
"Espere-me no rio minha doce amada Ireth, chegarei hoje ao nascer da lua e estou com muitas saudades".
Enquanto isso manda alguns guerreiros atrasar Elessar ele precisa chegar na hora certa.
Ireth sabe que seu marido gosta de refazer-se nas águas de Nefah sozinho, para estar bem e descansado quando estiver em seus braços. Mas a saudade não é boa conselheira e ela vai esperá-lo, se fez linda e o aguarda as margens de Nefah.
Ao chegar notou que a natureza não preparou as boas vindas para seu Elfo, seu coração ficou apertado.
Uma grande dor se apoderou de seu ser, Ireth se agasalha na capa vermelha que usa e espera.
A lua se faz alta. Silêncio na floresta negra.
- Isso é mau presságio, pensa ela.
Houve trotes de cavalo, olha na direção com a alma mais leve. Um grande alazão se aproxima com uma a figura encapuzada.
Ireth se levanta de onde está, e vai na direção do cavaleiro. Que apeia fazendo seu alazão empinar. Ele está contra a luz da lua. Ireth chega para trás, algo está errado.
Elfo negro desce da montaria e se encaminha até ela que continua dando passos para trás.
– Que foi querida? Porque foge de mim?
- Elessar?
- Sim querida.
Elessar está mais lindo do que nunca, seus olhos reluzem como no primeiro dia em que se encontraram ali mesmo a beira de Nefah. Mas Ireth afasta-se.
- Não se aproxime de mim! Ela olha para os lados a cata de uma tora ou o que for para servir de arma, pois não está armada a não ser com a faca que trás presa na coxa.
Elessar aproxima-se. Encantador. Abre os braços e a olha com olhar apaixonado.
Ireth para de afastar-se pensando:
- "O que será que houve com ele"?
Estende a mão para Elessar que a puxa contra o peito aconchegando sua cabeça com carinho em seu peito forte.
Ireth ouve o coração dele que bate forte.
Nesse momento sente seu odor.
Inebriante perfeito que invade a alma fazendo qualquer ser dobrar-se aos seus encantos.
Qualquer uma...
Mas não Ireth que se afasta de um salto triplo para trás parando a dois metros de distancia em posição de ataque com um joelho no chão e com sua faca na mão.

- Quem é você? Que mágica é esta?

-Que houve querida? Sou eu Elessar.

- Não você não é Elessar e com toda certeza de que não é seu Elfo atira a faca que finca abaixo de seu ombro direito, ponto estratégico para desarmar uma investida.

Ele encosta-se a uma árvore tentando tirar a faca. Nisso, do meio das árvores surge uma figura com seu cavalo que tira fogo dos cascos açoitando o ar.
Salta do animal antes mesmo do animal parar e põe-se em frente a Ireth cobrindo-a com o corpo.
Ireth coloca-se a seu lado e diz:

- Sabia que não era você.

- Claro que não! Nem ao menos se parece comigo.

_ Como não querido? São idênticos.

A figura senta-se junto a árvore de cabeça baixa, nesse momento teve a certeza que ama esta elfa. Mas que nada nem ninguém a separa de seu grande amor. Não há magia capaz desse feito. Elessar põe a espada em seu peito e diz com voz forte
– Levante-se impostor. Vou lhe arrancar o coração.
Eliah pega na espada e ajeita sobre seu coração e diz
- faça sua vontade Senhor.
Ireth põe a mão sobre a mão de seu Elfo e diz:
- Deixe-o ir meu Senhor.

Eliah segura firme na espada sobre seu peito.


– Faça Senhor elfo.
Nunca me realizarei.
Sou um abismo fitando o céu.
Invejo-o.
Nunca pude escrever minha própria história.
Nessas palavras sem nexo, nem desejo de nexo,
narro indiferentemente a minha biografia élfica sem honra.
São minhas confissões e nelas nada digo,
Pois nada tenho a dizer de meu.
Estas confissões de sentir são "paciências minhas".
Não as interpreto como quem usa cartas para saber o destino. Não as ausculto, porque nas "paciências"
s cartas não têm propriamente valia.
Desenrolo-me como uma meada multicolor,
Ou faço comigo figuras de cordel,
Como as que se tecem nas mãos espetadas
E se passam de umas crianças para as outras.
Cuido só de que o polegar não falhe o laço que lhe compete. Depois viro a mão e a imagem fica diferente.
E recomeço.
Vivo a fazer meia com a intenção dos outros.
A compreensão profunda...
De estar sentindo agora um amor infinito me assusta…
Uma inteligência aguda que veio para me destruir,
Um poder de sonho sôfrego de me entreter…
Uma vontade morta e uma reflexão que a embala,
Como a um filho que morreu.
Venha Senhora Glorienn leve contigo meu espírito
Sem precisar que sujem as mãos.
O meu desprezo por mim dorme entre o traço do meu desalento…
Entre… O mundo de imagens sonhadas
Que se decompõe, por igual, o meu conhecimento e a minha vida…
Em nada me pesa ou em mim dura o escrúpulo da hora presente. Tenho fome da extensão do tempo,
E quero ser eu sem condições quando algum dia voltar...
Agradeço a vocês por me haver feito “viver”
Mesmo que tenha sido... na hora de minha morte...
Adeus...


Ao se despedir de seu espírito a mágica se acaba mostrando a verdadeira forma de Eliah para Ireth.
Que se espanta;
- Oh! meu senhor! É o rapaz que disse estar apaixonado por uma de nossas Elfas. Ele estava com a sua forma meu Elfo, Por quê?

- Porque a Elfa que ele ama é você minha querida.

- Eu? Mas como? Nem me conhecia.

Isso é uma coisa que nunca saberemos explicar ele se foi.

Elfo Negro foi até o povo de Gladiah avisar do acontecido.
Os pais de Eliah vêm reclamar o corpo do filho.
Elfo Negro reconhece Alfrothul que nem o vê, tamanha é a tristeza que a envolve neste momento.
Ela não aceita ajuda de ninguém, encontra forças, suspende do chão o corpo do filho inerte e põe sobre a montaria em silêncio.
Olha neste momento para Elfo Negro, bem dentro de seus olhos e vai embora das terras da Floresta Negra.

Elfo Negro é tomado de um súbito desequilíbrio, encosta-se na árvore. Entendeu o olhar de Alfrothul.

A Mais ou menos 146 luas cheias, Elessar vivia com os Elfos Negros, mas seus pais eram de Lat, Que ficava entre a Floresta negra e Gladiah, Ele sempre visitava seus pais. Em uma noite de Luna negra, ao banhar-se no rio Nefah encontrou uma jovem Elfa que chorava muito porque era ultrajada por seu esposo a culpava por que ainda não havia lhe dado um filho.
Eles conversaram Durante toda a noite. Na madrugada quando se banhavam para cada um seguir seu caminho, Alfrothul foi encantada pelo odor de Elessar que estava em integração máxima com toda floresta negra. Isso sempre acontece quando Elessar banha-se em Nefah.
Quando Alfrothul sentiu o odor da substancia que se moldava a Elfo negro e a sua perfeita ligação com a natureza ao se banhar ficou encantada e quando ele saiu do rio com aquelas gotículas de água que percorriam seu corpo nu como luzes. Alfrothul não resistiu e entregou-se a ele para participar de toda aquela magia que cercava O jovem Elfo.
Eles se amaram ali nas águas de Nefah sendo abrigado pela Floresta que interagia com seus deleites de prazer.
Quando surgiram entre as árvores os primeiros raios de sol, os dois saíram do transe e se envergonharam do que haviam feito. E prometeram silêncio eterno. Elessar não soube mais de Alfrothul, nem que havia sido mãe.
Esse é o motivo dos traços de Eliah serem tão finos e perfeitos. Ele é filho de um Elfo Negro. E agora morreu aos seus pés sem nunca tê-lo conhecido. E o pior! Se Glorienn não o tivesse intercedido seu filho morreria por suas próprias mãos.
Ireth ampara Elessar pensando que ele está ferido.
Ele lhe garante estar sem nenhum ferimento e diz:
- Estou bem querida. Pode ter sido o efeito da transmutação. Afinal Eliah usou minha fisionomia.

Ireth o ajuda a despir-se e Elessar entra em Nefah para se refazer e misturada aquelas águas que tanto lhe fizeram feliz. Elfo Negro chora em silêncio a morte de seu primogênito. Ele tem que sofrer sozinho, por ter prometido silêncio eterno. Poderia por em risco a vida de Alfrothul a destruição de um reino, a guerra entre dois povos e a sua honra.
Elessar Pede licença a Ireth e vai ao sepultamento.
Fica afastado, em silêncio, até que vê o espírito de Eliah passar por ele para vagar pela floresta negra até encontrar novo corpo. O povo de Gladiah não o culpa sabe que o ferimento feito por Ireth não mataria um Elfo mágico como seu filho.
“Durante um funeral ou qualquer outra comemoração, os Elfos de qualquer "família" permanecem em paz.”




katia kristina

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